terça-feira, 13 de novembro de 2012

Starbucks


Vender cafezinho nos Estados Unidos virou um case de sucesso empresarial e editorial. Tudo em virtude da STARBUCKS. Um dia de manhã, um final de tarde, um sábado ou uma fria noite de quarta-feira. Qualquer dia e hora são propícios para tomar um bom café num lugar onde você possa sentar com conforto, abrir seu notebook e trabalhar, ou simplesmente pegar seu café e sair. Essa é a proposta da STARBUCKS: tornar o estabelecimento um espaço aconchegante e prazeroso para seu cliente. Os especialistas em marketing acreditam que a marca tenha potencial para se tornar igualmente poderosa quanto a Coca-Cola. A história da marca é uma das mais notáveis do mundo dos negócios nas últimas décadas; ela mudou o modo americano de consumir café, transformando o produto em uma obsessão nacional e a marca no maior símbolo global cafeínado do momento.

A História
A trajetória da STARBUCKS COFFEE começou exatamente no dia 30 de março de 1971 na região portuária da cidade de Seattle, localizada na costa oeste dos Estados Unidos, com a inauguração de sua primeira loja, um pequeno espaço dentro do modesto shopping Pike Place aonde se vendia apenas torrefação de café, ideia dos professores Jerry Baldwin e Zev Siegel, e do escritor Gordon Bowker, todos apaixonados por café. Os três sócios foram inspirados por Alfred Peet, fundador do Peet’s Coffee & Tea, um pequeno estabelecimento que vendia cafés e chás na cidade californiana de Berkeley. A princípio, a empresa vendia apenas grãos de café de alta qualidade provenientes de várias partes do mundo torrados na hora. A marca teve seu nome inspirado em parte pelo personagem “Starbuck” do clássico da literatura americana Moby Dick, escrito pelo autor nova-iorquino Herman Melville em 1851, e seu logotipo continha o desenho de uma simpática sereia marrom bem mais rudimentar que a sereia verde dos tempos atuais. O nome e a simbologia mística da sereia pareciam apropriados para uma loja que importava os cafés mais finos do mundo para a população de Seattle, sempre sedenta de novas aventuras.


A história da marca começou a mudar quando, em 1982, mesmo ano em que a STARBUCKS começou a fornecer café para bares e restaurantes sofisticados, Howard Schultz, que largou a gerência de uma firma sueca chamada Hammarplast, ingressou na empresa como diretor de operações e marketing. Após uma viagem à cidade de Milão em 1983, ele sugeriu que a empresa passasse a vender cafés espressos além de grãos, depois de impressionar-se com a popularidade e a cultura dos chamados “bares de café espresso” na cidade italiana. Os proprietários, apesar de testarem servir café latte na primeira loja da empresa em 1984, rejeitaram a ideia, acreditando que isso mudaria drasticamente o foco da STARBUCKS, pois café até então era algo que deveria ser feito em casa. Certo de que havia muito dinheiro a ser ganho vendendo café espresso para os americanos, Schultz fundou em 1985 um o bar-café Il Giornale, nome de um grande jornal da Itália, que também carregava a conotação básica de diário, localizado em um novo conjunto de escritórios comerciais que se tornou o maior arranha-céu de Seattle, o Columbia Center. Se servisse um excelente café com a elegância e o estilo italiano, poderia esperar que as pessoas retornassem diariamente. E foi o que aconteceu. Depois de provar os lattes (leite vaporizado e café espresso, delicadamente coberto por espuma de leite) e mochas (café espresso, leite vaporizado e chantilly), a clientela de Seattle rapidamente tornou-se aficionada por café.


O sucesso foi tão grande que em 1987, Schultz comprou as 6 lojas de Seattle, a torrefação e o nome STARBUCKS por US$ 4 milhões, trocando a marca Il Giornale pela da empresa que havia acabado de adquirir, começando rapidamente a se expandir, inaugurando as primeiras lojas fora de Seattle, localizadas na cidade de Chicago, estado do Illinois, e Vancouver, no Canadá, totalizando ao final deste ano 17 unidades em funcionamento. Em 1988, já com 33 lojas, a marca introduziu o sistema de venda por catálogo de seus produtos no país inteiro. A década de 90 começou com a inauguração da primeira loja licenciada dentro do aeroporto da cidade de Seattle. Em 1993 iniciou uma parceria inovadora com a rede de livrarias Barnes & Nobles, abrindo pequenas cafeterias dentro das lojas. Foi em 1996 que a empresa resolveu ser agressiva em seu plano de expansão, inaugurando lojas no Hawaii, Cingapura e Japão, que se tornaria o maior e mais importante mercado estrangeiro da marca.


Depois da Ásia, a empresa ingressaria no Reino Unido (1998), Oriente Médio em 1999 e na América Latina em 2002, com a abertura de cafeterias em Porto Rico e no México, e finalmente em 2006 no Brasil. Nesta altura a rede STARBUCKS tinha mais de 10.000 lojas em mais de 35 países. Além dos excelentes cafés e bebidas à base de espresso, os clientes agora podiam apreciar os chás Tazo e as deliciosas bebidas batidas com gelo, como o famoso FRAPPUCCINO BLENDED COFFEE, que se tornou um dos ícones da marca americana. Nos últimos a marca ingressou em novos mercados como Rússia (2007), Argentina (2008), Suécia (2009), Hungria (2010) e El Salvador (2010), dando continuidade ao seu ambicioso plano de expansão internacional. Outra estratégia da empresa está focada na extensão do seu portfólio. Em 2012 divulgou a compra da Bay Bread, padaria especializada em produtos franceses, por US$ 100 milhões. A Bay Bread e sua marca, a La Boulange, comercializam itens como granola, sanduíches e pães orgânicos. Afinal, o setor de alimentação é considerado um importante componente para a STARBUCKS, representando hoje aproximadamente 19% das vendas da rede.


A STARBUCKS oferece atualmente em suas lojas, além de cappuccinos, cafés e derivados, inúmeros itens de alimentação, conexão wireless à internet e salas de música para gravação e compra de CDs. O sucesso dos CDs foi tanto que a empresa passou a lançar faixas exclusivas e também criou um selo próprio, chamado STARBUCKS HEAR MUSIC, com artistas exclusivamente contratados. Os grãos de café da STARBUCKS são torrados em uma dentre quatros unidades de torrefação, localizadas em Kent, estado de Washington; York, estado da Pensilvânia; Carson Valley, estado de Nevada e Amsterdã na Holanda. Os grãos torrados são embalados em uma espécie de bolsa contendo uma válvula que permite aos grãos continuarem a emitir gases dentro da embalagem sem danificá-la.


A linha do tempo
1992
● A empresa lançou ações na bolsa de valores Nasdaq. Ao fim do pregão, a STARBUCKS alcançava o valor de mercado de US$ 273 milhões. Schultz não economizou com os empregados. Ofereceu seguro saúde e um polpudo plano de opções de ações.

1994
● Lançamento em parceria com a Pepsi do MAZAGRAN, bebida de café carbonada que se transformou em um enorme fiasco de vendas.

1995
● Introdução do FRAPPUCCINO, uma bebida gelada feita à base de café cremoso. A novidade seria eleita em 1996 “O melhor produto novo do ano” nos Estados Unidos. O produto fez tanto sucesso que passou a ser responsável por 11% das vendas do verão neste ano. Atualmente o produto rende US$ mais de 2 bilhões em venda para a rede anualmente.

● Introdução, através de uma parceria com a Dreyer’s Grand Ice Cream, do sorvete STARBUCKS SUPERPRMIUM ICE CREAM. Depois de apenas 8 meses no mercado, o produto já era o sorvete de café mais vendido do país.

● Passou a oferecer dentro de suas lojas o serviço de venda de CDs.

1996
● Em janeiro a STARBUCKS mais que dobrou o número de pessoas que atingia. A companhia aérea United Airlines começou a servir o café da marca em seus voos. Era uma oportunidade gigantesca. Aproximadamente 80 milhões de pessoas voavam anualmente pela United, e entre 25% e 40% delas pediam café para beber. Tratava-se de um mercado potencial de pelo menos 20 milhões de pessoas por ano, muitas das quais estariam provando o café STARBUCKS pela primeira vez.

● Em parceria com a Pepsi o FRAPPUCCINO começa a ser vendido em garrafas como um drinque de café pronto para beber.

1997
● Lançamento da STARBUCKS BARISTA, uma máquina de café expresso doméstica.

1998
● Em parceria com a empresa Kraft Foods, seus cafés começam a ser vendidos em supermercados, mercearias e lojas de conveniência.

1999
● Aquisição, por US$ 8.1 milhões, da empresa TAZO TEA COMPANY, fundada em 1994, e tradicional produtora de chá de alta qualidade. O nome TAZO passa a ser sua marca de chá dentro das lojas. O produto tem o slogan “A Reencarnacão Do Chá” (“The Reincarnation Of Tea”).

2000
● Introdução da COMMITMENT to ORIGINS, uma linha de cafés orgânicos com certificado de procedência.

2001
● Lançamento do STARBUCKS CARD, uma espécie de cartão recarregável para ser utilizado em suas lojas.

2002
● Introdução do STARBUCKS DOUBLESHOT, um drinque pronto para beber feito à base de café, com alta concentração de cafeína, que estreou no mercado com o slogan “Starbucks DoubleShot. Bring on the day”.
● Passou a oferecer dentro de suas lojas conexão sem fio (wireless) de alta velocidade à Internet.

2004
● Inovou ao oferecer dentro de suas lojas o serviço de gravação de CDs com músicas escolhidas pelo próprio consumidor.

● Introdução do FRAPPUCCINO na versão light.

● No começo de novembro, todas as lojas STARBUCKS tiveram seus tradicionais copos (branco e verde) substituídos por copos vermelhos (conhecidos como RED CUPS) até o dia 26 de dezembro em comemoração as festas de final de ano. Começava uma das mais bem sucedidas jogadas de marketing da história, que acabaria se tornando uma tradição da marca, gerando ainda mais visibilidade para a STARBUCKS, e aumentando consideravelmente suas vendas.

2005
● Introdução dos licores de café e cremoso em parceria com a empresa Jim Beam Brands Co, vendidos exclusivamente em restaurantes, bares e casas especializadas.

● Lançamento da bebida CHANTICO, batizada em homenagem a uma deusa asteca, feita com manteiga de cacau e leite. A bebida é uma espécie de chocolate quente extremamente cremoso.

● Criando mais opções aos consumidores a empresa introduziu em seu cardápio alguns novos itens como sanduíches e um pequeno cardápio de café da manhã.

● Aquisição da marca de água mineral ETHOS (lançada no mercado em 2002). A água mineral, disponível em todas as lojas americanas da rede, é um produto com uma missão social importante: a cada garrafa vendida aproximadamente US$ 0.05 são doados para projetos humanitários na África, Ásia e América Latina.

2006
● Lançamento do STARBUCKS DOUBLESHOT LIGHT.

● Introdução do STARBUCKS ICED COFFEE, uma bebida gelada á base de café com um pequeno toque de leite.

● Introdução do FRAPPUCCINO JUICE, uma bebida que mistura chá com frutas frescas.

● A empresa passa a oferecer o RWANDA BLUE BOURBON BLACK APRON EXCLUSIVES, um dos mais antigos e raros tipos de café do mundo proveniente das terras altas de Ruanda na África.

2008
● Introdução em parceria com a Hershey’s de uma linha de chocolates com sabores de café e chás. A nova linha de chocolates está disponível somente em redes de varejistas como Walgreens.

2009
● Em março a empresa começou a vender café da manhã em muitas de suas lojas.

● Lançamento do STARBUCKS VIA, um café instantâneo vendido a preços acessíveis. O novo produto, portanto, pode ser a continuidade desta experiência fora do ponto de venda, além de uma alternativa aos produtos concorrentes e uma marca de entrada para quem nunca consumiu um produto dentro da STARBUCKS.

● Adotando uma estratégia de transformar algumas de suas lojas em locais menos parecidos com uma gigante corporação padronizada presente no mundo todo, uma unidade na cidade de Seatle, terra natal da marca, foi completamente transformada. Nada de logotipos da sereia ou baristas em uniformes verdes, apenas o que parece ser um simpático e artesanal café local. A única coisa que dá a pista de ser uma loja da rede é a frase “Inspired by Starbucks” logo na porta, de resto, tudo é diferente. A intenção da marca não é criar uma nova rede, mas usar essas lojas locais como um laboratório para novas ideias. Um espaço com liberdade para inovar, e aproveitar o que sair de melhor nas lojas regulares da rede. Atualmente a rede mantém três unidades nesse conceito de laboratório, todas localizadas na cidade de Seattle.

2010
● Introdução de bebidas alcoólicas (cerveja e vinho) em algumas lojas de Seattle, em uma aposta para atrair outro tipo de público e criar mais opções em seu cardápio. Atualmente existem cinco lojas em Seattle, uma em Portland e outra em Sun Valley (Idaho) que oferecem cervejas e vinhos. A intenção da rede é, aos poucos, expandir este conceito, principalmente para as cidades de Atlanta, Chicago e sul da Califórnia.

2011
● Lançamento do STARBUCKS TRIBUTE BLEND, edição especial de café criado em comemoração aos 40 anos da marca. De origem multirregional e contendo o grão Starbucks Dark Roast (torra escura), esse é composto pelos melhores grãos provenientes da Colômbia, Papua Nova Guiné, Sumatra e Etiópia.

● Inauguração de uma loja sustentável feita a partir de contêineres reaproveitados, que anteriormente haviam servido para transportar os cafés da marca por diversos lugares do mundo. Através desta iniciativa a empresa pretende incentivar a construção verde. A unidade está localizada em Tukwila, estado de Washington, e abriu suas portas oficialmente no mês de dezembro. A loja funciona como drive-thru, mas também disponibiliza algumas mesas e cadeiras na área externa.

2012
● Lançamento da STARBUCKS REFRESHERS, uma linha de bebidas energéticas à base de frutas e extrato de café verde, que possui uma proposta de ser mais natural, tendo apenas 60 calorias. Com latas de alumínio coloridas (350 ml), os sabores disponíveis são: framboesa com romã, laranja com melão e morango com limão. A nova linha foi lançada o slogan “Rethink how you reenergize” (ou “Repense como você repõe energia”).


Os copos
A STARBUCKS é conhecida pelo jargão de seu cardápio, substituindo os tradicionais tamanhos de copos “pequeno”, “médio” e “grande” por “Tall”“Grande” e “Venti”. Os tamanhos originais de copos eram dois: Short e Tall. Quando ampliaram a oferta de tamanhos escolheram as palavras italianas “grande” e “venti” (de vinte, referente às vinte onças líquidas de capacidade do copo). Um tamanho menor, denominado “Short”, com 236 ml, pode ser pedido em qualquer loja da rede, mas geralmente não é listado nos cardápios. Em alguns países, o copo Short é chamado de Alto ou Piccolo. O copo Tall pode ser encontrado como Mezzo em alguns países, mantendo a nomenclatura de inspiração italiana. Recentemente, em 2011, a rede introduziu um novo tamanho de copo: Trenta, que possui mais de 900 ml. Adicionalmente, como em outras cafeterias, a maioria das bebidas pode ser personalizada de alguma maneira usando, por exemplo, leite desnatado ou de soja ao invés do leite integral, sabores (ou xaropes) e chantilly; e cappuccinos podem ser feitos com mais (“seco”) ou menos espuma (“úmido”). Outras opções estão disponíveis de acordo com cada loja. Nos Estados Unidos, o preço médio do café está em torno de US$ 4.


Os clientes podem escolher um entre cinco tamanhos de copos para bebidas quentes, ou um entre quatro tamanhos para bebidas frias (incluindo Frappuccinos):
● Short – 236.59 ml (8 oz.)
● Tall – 354.88 ml (12 oz.)
● Grande – 473.18 ml (16 oz.)
● Venti – 591.47 ml (20 oz.)
● Trenta – 920 ml (31 oz.)


Os copos da STARBUCKS também são utilizados como uma poderosa ferramenta de marketing, como por exemplo, quando na época de natal assumem a cor vermelha. Em 2005 a marca utilizou seus copos para imprimir pensamentos, opiniões e expressões fornecidas por figuras notáveis (entre artistas, escritores e cientistas) como parte da campanha “The Way I See It”.


O sucesso
A STARBUCKS adotou, na década de 80, uma estratégia similar à da Apple: introduziu na vida dos americanos uma necessidade que não existia – no caso da Apple, aparelhos inovadores; no da STARBUCKS, bom café em um ambiente acolhedor e moderno. Aliás, tão acolhedor e moderno que os consumidores da marca pagariam até pelo ar que respiram, desde que pudessem passar horas lendo jornais e revistas nas lojas. Mas a STARBUCKS vai muito além dos números e dos cafés espressos que servem. Na verdade, o que mais os americanos consomem são as receitas sofisticadas preparadas com uma infinidade de xaropes, sabores e aromas. E ao café, a marca juntou outro atrativo irresistível: a Internet. Todas as suas lojas dispõem de terminais com computadores ou rede sem fio, que atraem executivos e yuppies em seus momentos de folga. Há alguns anos, a rede lançou em algumas de suas lojas nos Estados Unidos um serviço em que o cliente pode escolher músicas e gravá-las em um CD (paga-se por faixa), tudo dentro da cafeteria.


Um lugar especial
O sucesso meteórico da marca está consolidado nas mais de 19.700 lojas da rede espalhadas pelo mundo. A fórmula é a mesma, seja na China, em Chipre ou na Arábia Saudita. A STARBUCKS procura criar em suas lojas o conceito de um “terceiro lugar” (após a casa e o trabalho) para se passar o tempo ou horas agradáveis de lazer, com áreas acolhedoras e confortáveis equipadas com sofás e poltronas macias, tomadas elétricas para utilização de computadores portáteis, além de acesso sem fio à Internet. Tudo para criar um ambiente com serviços que vão muito além de apenas tomar um delicioso café. Segundo a empresa, para manter o aroma do café, é proibido fumar em praticamente todas as suas lojas. Porém, existem exceções como na Alemanha, onde existem poucas restrições ao ato de fumar. Em algumas lojas fumar é permitido em áreas separadas por portas duplas, em um pavimento superior ou em áreas externas. Pelo mesmo motivo os funcionários são proibidos de trabalhar usando perfumes fortes. Cada loja da rede possui pelo menos dois baristas (ou “partners”, como a STARBUCKS chama seus funcionários) sendo que um deles é um coordenador de plantão (shift supervisor), assistente de gerente (assistant manager) ou gerente (store manager) de acordo com o volume de negócios. Os baristas com aventais pretos identificados como “Coffee Master” são funcionários que completaram o curso da empresa e alcançaram alta pontuação durante a certificação. Esses funcionários são treinados não apenas no preparo e degustação como também no cultivo, torra e compra de café. As lojas podem também estar dentro de outros estabelecimentos comerciais, como livrarias, supermercados e quiosques em grandes centros comerciais.


Desde que abriu sua primeira loja há mais de quatro décadas atrás, a STARBUCKS oferece bebidas a base de café espresso preparadas com os melhores grãos da espécie arábica, torrados à perfeição. Baristas treinados capricham em cada copo de café que criam. O consumidor tem o prazer de escolher sua própria bebida, perfeita, intensa, gelada ou fumegante, exatamente do jeito que ele quer. Segundo a empresa, existe mais de 87.000 maneiras de se preparar um simples café. Quem escolhe é o cliente. Afinal, para a STARBUCKS café é mais do que uma bebida, é uma ocasião, um rito pessoal, um tempo para descansar. Além disso, todas as suas lojas vendem uma enorme infinidade de acessórios para café como canecas, copos térmicos, prensas francesas, máquinas de café espresso, livros, entre outros itens.


O gênio por trás da marca
Os nomes de Howard Schultz e STARBUCKS são sinônimos de sucesso. Porém, o caminho até chegar ao tão almejado sucesso foi extremamente difícil. Ele nasceu no ano de 1952 no Brooklin, um bairro nova-iorquino humilde de casas subsidiadas pelo estado. Contudo, não deixou que o início humilde limitasse seus horizontes. A família passou por maus momentos e Schultz foi mandando para um orfanato, onde viveu boa parte de sua infância. Só conseguiu se formar porque jogava bem futebol americano e ganhou uma bolsa de estudo da Northern Michigan University, transformando-se no primeiro membro da sua família a conseguir uma licenciatura universitária. Em 1982, juntou-se ao STARBUCKS que, nessa altura, só vendia café em grão ou torrado. Na época com 29 anos de idade, era um dos gerentes da Hammarplast, firma sueca de utensílios de cozinha. Intrigado com a enorme demanda que as máquinas de coar café Hammarplast tinham em Seattle, na costa oeste americana, ele decidiu pegar um avião e visitar o cliente que fazia tantas encomendas. A empresa chamava-se STARBUCKS COFFEE TEA and SPICE e, embora exigente, tinham somente quatro lojas naquela época, que compravam o aparelho em quantidades superiores à loja de departamento Macy’s. Mais do que o lucro, o que eles queriam era torrar e vender artesanalmente grãos de alta qualidade, vindos de lugares exóticos. A loja original ficava em um local modesto. Era estreita como um armazém e tinha um violinista tocando Mozart na entrada, com a caixa do violino aberta para recolher esmolas. Ao entrar, ele percebeu que ali parecia um templo para adoração ao café. Por trás de um gasto balcão de madeira havia caixas contendo cafés de todas as partes do mundo: Sumatra, Quênia, Etiópia e Costa Rica. Como Schultz, a maioria dos americanos, naquela época, pensava que o café vinha em latas, não em grãos. No terceiro gole de um café importado da ilha de Sumatra, na Indonésia, Schultz já estava fisgado. Como podia existir uma bebida como aquela? Por que ele jamais havia experimentado algo parecido na vida? Na mesma noite, ligou para a mulher e disse que ia pedir demissão da Hammarplast e se juntar à STARBUCKS.


Ingressou na empresa como diretor de operações de varejo e marketing. Não há dúvida de que o resto é uma história com altas doses de cafeína. Em 2000, passou o bastão para Jim Donald, e se tornou estrategista-chefe da marca, acelerando sua expansão global. “Éramos um pequeno barco em alta velocidade e agora somos um grande avião”. Apostando na descentralização da empresa, ele montou um time de executivos de primeira linha. Atualmente sua maior função é zelar pela marca. Trate-se de uma tarefa árdua e vital para que a marca continue ganhando terreno. Esse monitoramento é feito através de visitas mensais a 20 ou 30 filiais pelos quatro cantos do mundo, tomando cafés e conversando com funcionários e clientes, observando o movimento das lojas e a “experiência” dos consumidores. Nessas visitas ele sente a “temperatura” da empresa e recolhe informações que possam ajudá-lo a definir os rumos da companhia. Em janeiro de 2008, com forte desvalorização das ações e concorrência acirrada, ele voltou a ocupar o cargo de CEO da empresa e conduzir a STARBUCKS para uma nova fase de crescimento e lucratividade.


A origem do nome
Apesar do nome “STARBUCKS” ter sido inspirado em um personagem do romance Moby Dick, escrito por Herman Melville em 1851, foi uma árdua batalha até a decisão final. Isto porque inicialmente Gordon Bowker, um dos fundadores da rede, gostou do nome “Pequod” (o barco do romance), mas seu colega Terry Heckler foi contra, afirmando: “Ninguém vai beber um copo de Pee-quod” (“pee” é uma gíria em inglês para urina). Foi então que Heckler sugeriu “Starbuck”, que após algumas discussões foi adotado como nome da nova empresa. 

A evolução visual
O logotipo original da empresa, na cor marrom, continha um entalhe escandinavo do século XVI de uma sereia com duas caudas. Porém com o passar dos anos esse logotipo foi sendo modificado e simplificado. Na primeira versão, a sereia exibia os seios e suas caudas eram totalmente visíveis. Na segunda versão, introduzida em 1987, seus seios foram cobertos com cabelos, enquanto seu umbigo ainda podia ser visto. Na terceira versão, adotada a partir de 1992, os seios e o umbigo não eram visíveis e das caudas restavam apenas a seção final. A mais recente versão, adotada em 2011, é ousada: foi retirado o nome da empresa ao redor do ícone da marca, uma sereia. A ninfa também recebeu alguns ajustes, passando a ocupar maior espaço dentro do círculo que compõe o logotipo. A identidade visual segue o novo foco da empresa na venda da marca em produtos comercializados fora da rede, como supermercados e outros canais de venda. A nova identidade visual começou a ser aplicada aos produtos, materiais de comunicação e layout das lojas como parte das comemorações do 40º aniversário da marca. O logotipo original da marca ainda pode ser visto na loja em Pike Place Market e nas embalagens do blend de aniversário.


Dados corporativos 
● Origem: Estados Unidos 
● Fundação: 30 de março de 1971 
● Fundador: Jerry Baldwin, Zev Siegel e Gordon Bowker 
● Sede mundial: Seattle, Washington 
● Proprietário da marca: Starbucks Corporation 
● Capital aberto: Sim (1992) 
● Chairman & CEO: Howard Schultz 
● Faturamento: US$ 11.7 bilhões (2011) 
● Lucro: US$ 1.24 bilhões (2011) 
● Valor de mercado: US$ 38.4 bilhões (julho/2012) 
● Valor da marca: US$ 3.663 bilhões (2011) 
● Lojas: 19.763 
● Presença global: 59 países 
● Presença no Brasil: Sim (45 lojas) 
● Maiores mercados: Estados Unidos, Canadá, Japão e Reino Unido 
● Funcionários: 149.000 
● Segmento: Cafeterias 
● Principais produtos: Cafés e derivados 
● Ícones: A sereia e o copo vermelho (Red Cup) 
● Concorrentes diretos: Caribou Coffee, Dunkin Donut’s, Tim Horton’s, McCafé e Fran’s Café (Brasil) 
● Slogan: It’s more than coffee. It’s Starbucks. 
● Website: www.starbucks.com 

O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca STARBUCKS está avaliada em US$ 3.663 bilhões, ocupando a posição de número 96 no ranking das marcas mais valiosas do mundo, além de ocupar a posição de número 4 no ranking das marca mais influentes do planeta. A empresa também ocupa a posição de número 2429 no ranking da revista FORTUNE 500 de 2011 (empresas de maior faturamento no mercado americano).

A marca no Brasil
A operação brasileira é resultado de uma sociedade entre a matriz americana, com 49% da participação acionária, e 51% da empresa Cafés Sereia do Brasil Participações S.A, controlada pela família Rodenbeck, responsável nos anos 80 pela vinda do McDonald’s, e, na década de 90 da rede Outback Steakhouse ao Brasil. A primeira loja foi inaugurada no dia 1 de dezembro de 2006 no Shopping Morumbi (interior da Livraria Saraiva) em São Paulo. A segunda loja começou a receber o público três dias depois, no mesmo shopping. Entre as adaptações feitas para a operação brasileira estão a adição do pão de queijo, muffins salgados e a xícara de porcelana. Outro diferencial é a opção de dois blends diferenciados para o café espresso, chamados de “Brasil Blend” e “Ipanema Bourbon”. Em 2012 a rede inseriu em seu cardápio as famosas Bagel, produto tradicional nos Estados Unidos que chegou aos pontos de venda nas versões tradicional e multigrãos e pode ser acompanhada por cream cheese ou manteiga. Hoje, a marca possui 45 lojas no país localizadas em São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. A empresária Maria Luisa Rodenbeck, responsável por trazer a rede para o Brasil, morreu no dia 1 de setembro de 2007, aos 49 anos. Ela estava em um táxi que se chocou contra um ônibus na Avenida Niemeyer, região de São Conrado (zona sul do Rio).


A marca no mundo
Atualmente a empresa opera mais de 19.700 pontos de vendas em 59 países, dos quais aproximadamente 13.000 somente em território americano, empregando 149 mil pessoas, com movimento semanal superior a 40 milhões de consumidores, que consomem mais de 840 milhões de litros de café a cada dia, gerando faturamento de US$ 11.7 bilhões em 2011. O café da STARBUCKS não está presente somente em suas lojas; pode ser encontrado em companhias aéreas (em parceria com a United Airlines e a Horizon Air), em navios de cruzeiros (Royal Caribbean International), hotéis (rede Hyatt), livrarias (Barnes & Nobles), estádios e arenas esportivas, varejistas (onde estão presentes em mais de 500.000 pontos de venda) e na Internet.

Você sabia?
● A STARBUCKS, maior rede mundial de cafeterias, lidera o mercado de torrefação e varejo de cafés especiais, oferecendo mais de 20 variedades de cafés, dos mais simples até os mais elaborados. Seus produtos possuem qualidade Premium e um preço superior. De modo geral, no inverno e dias frios, as bebidas quentes garantem o movimento das lojas da rede. Já nos dias quentes a maior parte do faturamento das lojas vêm das bebidas batidas com gelo, os famosos FRAPPUCCINOS. Nas grandes cidades americanas, a marca é uma presença constante. Em cidades como Nova York e Washington, existe praticamente uma unidade em cada esquina.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Migração Internacional



Migração Internacional são movimentos migratórios de saída , onde muitos habitantes deixam seus países em direção a outros , buscando melhorias de vida , sendo essa migração legal ou ilegal. A maioria das migrações internacionais, ocorrem pela busca de trabalho, as principais correntes migratórias emergem de Latino-Americanos, Africanos e Asiáticos em direção aos EUA, Europa e Japão. Os trabalhadores migrantes enviam dinheiro para sua terra natal, algumas pesquisas revelam que eles movimentam anualmente cerca de 58 bilhões de dólares, o Brasil, por exemplo, recebe anualmente cerca de 2,8 bilhões de dólares enviados por brasileiros que vivem no exterior. Os Estados Unidos possuem o maior número de imigrantes internacionais - dos 195 milhões, 39 milhões residem naquele país.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Valorização do Idoso

A humanidade é deturpadora da percepção de que todas as gerações, crianças, jovens, adultos e idosos, possuem sua importância, prendendo-se ao presente renegando os valores e as experiências passadas, focando no individualismo do ser e no bem-estar próprio. Aliada a esse pensamento diminuto, está a atitude mesquinha de desvalorização, principalmente, da terceira idade.

Reconhecer a efemeridade da vida nos faz entrever que, em um futuro bem próximo, estaremos vivenciando o mesmo cotidiano que um idoso e necessitaremos, assim como ele, do respeito da sociedade, que de maneira preconceituosa tacha essa fase da vida de improdutiva, inútil, que só traz prejuízo.


Sendo assim, um pouco de altruísmo da coletividade e compreensão não seria exigir demais e nem a asseguração do direito à vida, à dignidade, ao trabalho, à diversão, ao esporte, à cidadania seria um privilegiamento individual, afinal, isso é apenas o cumprimento do que a Constituição dos Direitos Humanos garante.
Porém, a precariedade da saúde pública, a falta de condições para o lazer, a carência na infraestrutura dos ambientes públicos, a própria segregação social, a vulnerabilidade da previdência desvirtuam a garantia desses direitos obrigatórios, principalmente dos idosos. Isso é preocupante, pois a população brasileira idosa está aumentando cada vez mais, segundo pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não havendo, assim, suporte suficiente para suprir as necessidades básicas da terceira idade.
Portanto, a sociedade deveria "abraçar" a velhice, abdicando de seus preconceitos e admitindo o real valor da maturidade. O desenvolvimento humano deve ser acompanhado sempre de uma evolução mental, caminhando concomitantemente. Investimentos também deveriam ser feitos, como reforma na previdência, aplicação de capitais no sistema de saúde e na infraestrutura das cidades, para deferir toda a população idosa e não comprometer a efetivação e o prolongamento do seu direito à vida .

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Idosos na Sociedade Moderna


Ao longo dos últimos 50 anos, a população brasileira quase triplicou: passou de 70 milhões, em 1960, para 190,7 milhões, em 2010. O crescimento do número de idosos, no entanto, foi ainda maior. Em 1960, 3,3 milhões de brasileiros tinham 60 anos ou mais e representavam 4,7% da população. Em 2000, 14,5 milhões, ou 8,5% dos brasileiros, estavam nessa faixa etária. Na última década, o salto foi grande, e em 2010 a representação passou para 10,8% da população (20,5 milhões).
O post abaixo se baseia nos censos demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 1960, de 2000 e de 2010.
O envelhecimento da população é uma tendência tão evidente que até mesmo os critérios do IBGE mudaram. Em 1960, todas as pessoas com 70 anos ou mais eram colocadas na mesma categoria. Já nas pirâmides etárias de 2000 e 2010, as faixas etárias foram separadas a partir dos 70 de cinco em cinco anos até os 100 (no gráfico abaixo, os dados foram somados para que pudesse haver a comparação entre os três períodos).
O Brasil ainda é um país com a maioria da população jovem, ainda temos elevado percentual de jovens no mercado de trabalho, mas temos que nos preparar para o envelhecimento da população, principalmente em relação à pressão sobre a Previdência. Entre as iniciativas válidas está a de apoiar a implementação de recursos com Previdência complementar. Precisamos pensar e criar mecanismos que tornem o sistema mais sustentável.
A maioria da população idosa do país está concentrada próxima a áreas urbanas. São regiões com maior disponibilidade de serviços médicos qualificados e também uma rede social com atividades de lazer, culturais e religiosas que permitem maior envolvimento dessa faixa etária na sociedade.
Um dos indicadores da mudança na pirâmide etária é a queda da taxa de fecundidade, entre outros dados do Censo Demográfico 2010. A queda tem feito com que o gráfico que separa os habitantes por idade fique cada vez menos triangular. Censo após censo, ele fica mais volumoso na parte central, que representa a população adulta, e começa a diminuir na base, onde ficam os mais novos.
O envelhecimento da população é uma tendência e grande parte dos países desenvolvidos já chegou nessa etapa.
O envelhecimento da população é uma tendência e grande parte dos países desenvolvidos já chegou nessa etapa, decorrentes do maior desenvolvimento social e do aumento da expectativa de vida. Isso é fruto do avanço da medicina, de melhorias nas condições de saneamento nas cidades, da diminuição da taxa de fecundidade, dentre outros fatores.
Mães mais velhas
Com os novos padrões, mudam também os hábitos. Os dados divulgados na sexta-feira mostram que a tendência é que as mulheres tenham filhos cada vez mais tarde. Em dez anos, aumentou o percentual de mulheres que se tornaram mães depois dos 30 anos. Em 2000, elas representavam 27,6% do total; em 2010, já eram 31,3%.
Enquanto isso, houve queda entre as mais novas. Os grupos de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos de idade, que tinham respectivamente 18,8% e 29,3% das mães em 2000, passaram a concentrar 17,7% e 27,0% do total em 2010.

Pirâmides Etárias


Os dados do Censo 2010, divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), indicam que, no máximo 40 anos, a pirâmide etária brasileira será semelhante à da França atual. O país terá taxa de natalidade mais baixa e, com isso, média de idade maior. Há 50 anos, o país tinha o mesmo perfil etário do continente africano hoje: muitos jovens e crianças. Desde então, a população do país cresce em ritmo cada vez mais lento.
De acordo com o IBGE, a expansão demográfica média anual foi de apenas 1,17% nos últimos dez anos, ante 1,64% na década anterior. Nos anos 60, era de 2,89%.
A população do país deve continuar a crescer por mais duas gerações até os anos 2030. Depois, deve estacionar ou até diminuir.
O país deve começar a se preparar para as transformações que já acontecem em países como a França. Temos a oportunidade de antecipar discussões como a da reforma da Previdência. Com um número de pessoas em idade ativa menor do que o de idosos, a solvência do sistema ficará ameaçada. Porém, até atingir esse estágio, o país será beneficiado pelo chamado “bônus demográfico”, caracterizado pela maior presença de adultos na sociedade. O predomínio da população produtiva vai dar condições de minimizar o impacto do envelhecimento nas contas públicas.
A redução do número de crianças deve permitir ao país melhorar acesso e qualidade da educação sem aumentar muito os investimentos. Haverá também transformações no mercado de produtos e serviços. Com mais adultos e idosos, são esperadas mudanças nos serviços de saúde, na construção civil e até em lazer.
O país vai ter cada vez mais idosos levando vida ativa. A economia vai ter que se adaptar às novas necessidades de consumo dessa população.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Meio Ambiente, Consumo e Sustentabilidade


O nosso planeta é um organismo vivo. Diante disso é preciso compreender que, como nós, ele também sofre com doenças e ulcerações.
Algumas delas são próprias de suas metamorfoses, ou seja, transformações geológicas, enquanto outras são provocadas por ações, sobretudo de seus habitantes.
Porém, o nosso planeta tem uma determinada capacidade para atender às demandas de seus habitantes ao desenvolverem seus respectivos modos de vida e esta capacidade foi avaliada, nos primeiros anos do novo milênio, pela Fnuap – Fundo das Nações Unidas para Assuntos Populacionais – em aproximadamente sete bilhões de habitantes, já adicionado um valor relativo à capacidade tecnológica que o homem moderno alcançou.
Se olharmos para a situação demográfica do mundo pode-se verificar que ainda nos faltam alguns milhões de pessoas para atingirmos os limites do planeta, mas aí está o grande problema: a atual população da Terra vem consumindo de forma desmesurada.
Com o advento da Globalização e a expansão do comércio a que estamos assistindo, nossa sociedade vem se defrontando com graves questões socioambientais, provocando o advento de novos conceitos para a sua melhor compreensão e tomada de posição diante da gravidade do problema que o consumismo excessivo vem gerando ao planeta.
Um dos mais recentes conceitos e que mostra o impacto do consumo desenfreado que marca nossa sociedade é o da pegada ecológica, a qual pode ser definida como a área de terras produtivas que cada pessoa precisa para sustentar o seu consumo e absorver seus resíduos pelo período de um ano.
A pegada ecológica de cada um depende de seu padrão de consumo. Atualmente cada habitante do planeta tem 1,6 hectares de terras produtivas disponíveis ao ano. Nos anos 1960 era de 6,3, o que seria o ideal para hoje.
Entretanto, os países mais industrializados têm uma pegada ecológica muito forte superior a 6 ha/pessoa/ano, provocando déficits globais. Isso significa que tais países, ao exigirem mais do que se tem em disponibilidade por pessoa para seu padrão de vida, comprometem os padrões dos demais países, que, como o Brasil e a Argentina, por exemplo, que não chegam a consumir mais hectares do que tem disponível.
Cada brasileiro consome 2,4 hectares de recursos naturais, ou seja, 0,3 hectares além da média mundial, mas a oferta de recursos é de 7,3 hectares por pessoa – bem acima da média mundial.
Portanto, a análise da pegada ecológica indica que precisamos rever urgentemente nossos padrões de produção e consumo, porque, no patamar em que se encontra, já se consomem 30% a mais de recursos do que o planeta pode nos oferecer. É por isso que se ouve, constantemente, em relatórios, congressos e na mídia, que vai faltar planeta. Tal situação não é, com certeza, a que as nações de hoje querem deixar como herança para os futuros habitantes do planeta. Para tanto, então, é necessário que haja um efetivo movimento na educação das novas gerações, a fim de que aprendamos todos a consumir com responsabilidade social.

domingo, 12 de agosto de 2012

População Mundial



Mais Populosos :
1º. China: 1.336.310.750 de habitantes
2º. Índia: 1.186.185.625
3º. Estados Unidos: 308.798.281
4º. Indonésia: 234.342.422
5º. Brasil: 194.227.984
6º. Paquistão: 166.961.297
7º. Bangladesh: 161.317.625
8º. Nigéria: 151.478.125
9º. Rússia: 141.780.031
10º. Japão: 127.938.000

Menos Populosos :
1º. Vaticano: 500 de habitantes
2º. Tokelau: 1.200
3º. Niue: 1.400
4º. Ilha Norfolk: 2.500
5º. Ilhas Malvinas: 3.000
6º. Santa Helena: 4.000
7º. Montserrat: 4.900
8º. Saint-Pierre e Miquelon: 6.000 
9º. Nauru: 10.200
10º. Tuvalu: 11.200

Fonte: United Nations, Department of Economic and Social Affairs, Population Division (2011). World Population Prospects: The 2010 Revision. United Nations Demographic Yearbook 2008 e Secretariat of the Pacific Community (SPC) Statistics and Demography Programme.